Hoje, pela manhã, fui conversar com uma "cliente em potencial"...Bom, na verdade ela queria a criação de uma logomarca...o que não é exatamente o que eu faço, né? Expliquei que teria que contratar um publicitário para fazer essa parte mais técnica, mas que poderia lhe oferecer uma assessoria em comunicação, ou seja, desenvolver um estudo sobre seu público-alvo, diagnóstico sobre o seu negócio, e, em cima disso, traçarmos um plano estratégico de comunicação para a sua empresa. Precisamos planejar a sua chegada na cidade, o seu posicionamento no mercado, fixar a marca, trazer visibilidade para o seu nome, etc.
Resumindo, dei uma "aula" sobre o que é o trabalho de um Relações Públicas.
Percebi que ela ficou surpresa, pois não conhecia mesmo, a diferença entre RP, Comunicação, Propaganda e Marketing...
Se vai sair negócio ou não, realmente não sei, espero que sim...ela ficou de me ligar... mas já saí de lá bem feliz por ter podido representar a minha classe e ter a oportunidade de explicar o que é a nossa profissão, função, etc. Acho que representei bem os profissionais de comunicação...hehe.
Sabe, há realmente muita confusão em torno disso e achei um post, no blog do relações-públicas Nicolau Amaral, que expressa bem essa situação.
Segue abaixo um trecho do que ele escreveu:
Começando pelo próprio nome da atividade – Comunicação - nome este que deixa muita confusão no ar. O que vem a ser Comunicação? A turma da Internet apregoa que faz comunicação; tem também a comunicação dos espíritos, que qualquer centro espírita diz que faz; os religiosos que se comunicam com Deus e por aí afora. Há, ainda, a comunicação interpessoal, a interna e a sei lá o que. Existiu o Chacrinha, vários gurus comunicadores e os formadores de opinião, sendo que alguns se comunicaram tanto, que hoje ganham a vida fazendo presenças em eventos. Virou o samba do crioulo doido, ou melhor, o samba do afro-descendente alterado, para ser mais politicamente correto. Nem eu, com quase 40 anos de janela, sei mais o que faço e o que posso fazer.
No começo existiam os jornalistas, os publicitários e os relações públicas. Graças à sanha mercantilista das entidades de ensino superior, essas profissões começaram a ter tantos desdobramentos que os parâmetros demarcatórios de atuação ficaram cada vez mais invasivos. O Marketing, como o próprio nome diz, que deveria atuar no conhecimento do mercado, começou a querer dominar todo o segmento e, hoje, teve de adotar a filosofia de vida do pato — um animal que anda mal, nada mal e voa mal. Surgiram também as “promoters” e suas listinhas de celebridades de plantão, que dizem ser grandes comunicadoras. Apareceram também os profissionais do Turismo, que querem para si todo o segmento de eventos, seja lá o que for, batizado de cachorro, casamento de boneca, enterro de prepúcio, desde que a “promoter” saia em alguma coluna social. Lançamento de produto sempre tem de ter formador de opinião, seja big brother ou qualquer peladona de revista masculina.
Conceitos de públicos, planejamento, estratégias, para quê? Ninguém lê nada, nem está interessado em nada. Pelo andar da carruagem, brevemente, relações públicas será uma profissão do passado, como a de jornalista, que acabou de ser desregulamentada por interesses meramente econômico e político de alguns poderosos. Bom, confesso que achei o último parágrafo muito forte (pra não dizer pessimista). Eu tenho a esperança de que as coisas mudem, e para melhor! Nós, RP´s, temos tanto a contribuir com esses empresários...e eles só precisam descobrir isso! Portanto, não podemos esmorecer...temos que aproveitar toda a oportunidade de "educar" esse povo a respeito das Relações Públicas, e da Comunicação em geral...É aos poucos que a mentalidade vai se abrindo e uma nova cultura vai se construindo!
Tudo vai dar certo! hehe.
Abraços.
